sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Dona Tereza.

Amanhã faz 4 meses que perdi a pessoa mais foda que já conheci na vida: minha vó. E hoje Deus me presenteou com uma conversa com ela, em um sonho. Nunca fiquei tão feliz sonhando com alguém. Esperei muito por isso, e onde ela está ela sabe que sonhar com ela era o que eu mais desejava depois que ela se foi.
Eu me lembro de todos os momentos que passei com ela, desde a infância. E durante o meu sonho eu estava brincando na casa dela enquanto ela me olhava sentada no sofá. Acordei surpresa, feliz e marejei os olhos de saudade. O bom disso é que não tenho más lembranças dela, mesmo quando estava doente.
Dona Tereza sempre foi um exemplo para toda família. Sabia, como ninguém, prestigiar a família e os amigos, nunca esqueceu uma data de aniversário, sempre mandou lembranças aos namorados que tive, sempre me disse "eu te amo". O abraço e o cheiro dela sinto até hoje. Eu nem sei se vou continuar com o post porque falar dela me emociona muito.
Ela sempre esteve comigo, e sei que sempre vai estar. Me apoiou em tudo, e quando eu cometia erros ela se resumia a dizer que na vida tudo é fase. Ela era brilhante.
Sempre teve orgulho de todos que conhecia, principalmente dos filhos e netos. Qualquer coisa que a gente se dava bem ela espalhava aos quatro cantos, sempre dizia que éramos os melhores. Com ela eu aprendi a gostar mais de mim, a observar-me com um olhar mais otimista e dizer: Sim, eu posso!
Ela bebia cerveja, torcia para o flamengo e gostava de festas. Falava muito ao telefone, tinha muitos amigos e deixava a casa sempre com coca-cola e danoninho para as visitas.
Ligar para ela era difícil. O telefone vivia ocupado, sempre em longas conversas com amigos, e se eu chegava em sua casa ela já avisava ao telefone: Sabe quem tá aqui? A minha neta, Claudielle.
Com ela eu aprendi o que é uma vida social. O que é deixar o tempo passar e a dar valor a coisas pequenas.
Sempre cuidou de mim, se eu passava mal ela tinha um remédio caseiro que passava rapidamente meu mal estar. Ligava para saber se tinha passado e sempre dizia: Juízo, hein!
hehehe.
No enterro, mesmo chorando eu sorria ao lembrar das suas frases, seu jeito de falar, do seu sorriso, seu abraço. E o enterro dela foi como de artistas, cheio de gente. Ela amava e era amada por todos.
Eu nunca vou me esquecer dessa mulher que fazia a diferença no meu dia quando me abraçava.
Eu nunca vou me esquecer de alguém que dizia que eu valia ouro, que eu era uma princesa.
Eu nunca me esquecerei de você, Vó.
Eu te amo.

Um comentário:

Guilherme Cabral disse...

Saiba que ela estaria orgulhosa, com certeza...