domingo, 24 de agosto de 2008

Ciúmes de você.




Eu sou uma pessoa ciumenta. Eu admito mesmo, nem preciso estar sob tortura. E digo mais, sou ciumenta pra caralho. E não é só com namorado, não. Eu tenho ciúmes da minha mãe, do meu pai, dos meus amigos, do carro, das minhas roupas, da minha cachorra. De todo mundo e de qualquer coisa. Rs. Ás vezes rola até um escândalo básico por conta disso.

O problema é que eu odeio perceber que alguém tem mais atenção do que eu, quando sei que já ganhei mais atenção um dia. É um problema. Minhas amigas morrem de rir com isso, mas meu namorado morre de ódio. Tô nem aí. Adoro fazer um drama de vez em quando. Ou de vez em sempre. Minha vida poderia até ser uma novela mexicana... Rsrsrs.

Dia desses, eu estava assistindo ao Gaiola das Loucas(1978), no Cine Cult. Me identifiquei com o personagem de Michel Serrault, que sempre ameaçava ir embora quando se desentendia com o seu parceiro. Morro de rir quando ele chora na porta de casa, no chão, ameaçando ir embora, viver na rua. Hahahaha. E eu ri mais ainda porque vi o quanto era possível eu fazer esse tipo de coisa. Eu sei que é meio podre, mas é engraçado. Eu nem sei porque sou assim, tão dramática. Talvez seja imaturidade mesmo. Ou mera característica de pessoas intensas.


Mas é claro que eu sei com quem eu posso ser ciumenta e fazer meu drama básico, ou glamouroso. Depende muito da situação e da pessoa. Tem gente que vai dizer por aí que é falta de amor próprio. O ciúme pode indicar isso também, só que no meu caso eu nem vejo baixa auto-estima, vejo muita falta de vergonha na cara e necessidade de atenção. Mas será que necessidade de atenção tem a ver com baixa auto-estima? Ih, não sei... rs. Porra, baixa auto-estima é nêgo (e branco tbm...) que não se ama, certo? Pô, eu me amo pra caralho... então não é essa parada não. Rs. Agora, a tal necessidade de atenção é coisa de menina mimada. Eu sei muito bem que dou esses ataques, sofri muito sendo a filha mais velha e tenho certeza de que um bom psicólogo pode explicar isso. Portanto, não é bobeira minha, é trauma de infância.

Eu sei que o certo é superar, e eu melhorei muito nessa questão. Estou bem mais aperfeiçoada, meu ciúme não é doentio e nem pé rapado. É luxo, glamour e sedução. Pode apostar. Rs.

E eu não estou de sacanagem. O pior é que é sério. Eu levo essa questão com sensatez. Haverá momentos que me acharão infantil, mas se minha proposta for essa, sairei ganhando. Como eu já disse, aqui nesse blog, tudo não passa de um jogo. Rs.

Parece meio cruel, mas os sentimentos são articulados. Ninguém gosta de ver na tela o Game Over.

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