quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Aos fumantes.
Correção:
Gente, como ninguém conseguiu abrir o link do texto, resolvi postar outro link no qual há o arquivo de textos do colunista da Revista Época, Adriano Silva. O nome do texto é "O cigarro está com os dias contados" .
E vou postar o texto também, com os devidos créditos ao colunista. Ok? Chega de curiosidade... rs.
O CIGARRO ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS
O cigarro é uma irracionalidade num mundo regido pela correção política.
Fumar é um hábito que morreu socialmente, tanto quanto usar chapéu ou cuspir em escarradeiras. O mundo está dividido em ex-fumantes e gente que nunca vai colocar um cigarro na boca. O grupo dos ex-fumantes é composto também de ex-boêmios, ex-românticos, ex-poetas, ex-artistas. Gente que já fumou muito e parou.
E que, coincidência ou não, também parece já ter vivido seus melhores dias. Apesar de terem hoje dentes mais brancos e uma pele melhor, os neocaretas exalam um pouco o ar daquelas pessoas que já foram mais relevantes e mais felizes.
Como o mundo desembocou nessa rua sem saída para o cigarro? Ao longo de um século, fumar foi um hábito para lá de aceito: era um rito de passagem desejado, um gesto de glamour cultuado, quase um sinal de normalidade – esquisito era o sujeito que não carregava um maço no bolso. O cigarro era um companheiro que inspirava, consolava, ajuda a celebrar momentos bons, redimir passagens ruins e trafegar por horas solitárias. O cigarro estava na televisão, no cinema, nas revistas, nas crônicas de Rubem Braga e de Nélson Rodrigues. Estava em todo lugar: na sala de casa, no consultório médico, nos elevadores, na boca dos pedreiros e dos banqueiros.
Para quem nasceu ontem, no entanto, fumar é apenas um ato vergonhoso, quase uma fraqueza moral. O fumante é visto como um viciado, um doente, alguém que incomoda. O golpe derradeiro é a recente proibição do cigarro nos cafés franceses – ícone máximo daquela imagem idílica do cigarro como universo temático, como dimensão estética. Até isso está virando fumaça.
Alguém dirá que o grande responsável por essa derrocada é o câncer. Acredito que o carcinoma – para não falar no mau hálito – tenha sua parcela de culpa. Mas acho que há um fator ainda mais forte para o banimento do tabaco. Trata-se do espírito hedonista do cigarro, que perdeu o lugar neste mundo prático, financista e sem graça em que vivemos. O algoz do fumacê não é a medicina: é o puritanismo.
O cigarro é uma auto-indulgência num mundo que cobra estoicismo a todo momento. O cigarro é uma pausa, um tempo que dedicamos a nós mesmos, num mundo acelerado, em que o tempo não nos pertence mais. O cigarro é uma pequena transgressão num mundo cujas engrenagens não permitem desobediência. O cigarro é uma irracionalidade num mundo regido pela correção política. O cigarro é um prazer solitário, sujo, fora da lei, num mundo grandemente asséptico e moralista. O cigarro tem um quê de lassidão e poesia – e não há mais lugar para isso. Eis o que eu lamento: o cigarro está desaparecendo muito mais pelo que ele traz de bom ao espírito do que pelo que faz de mal ao corpo. Por tudo isso, desconfio que o mundo fica um lugar pior sem o cigarro.
Texto de Adriano Silva, colunista da Revista Época.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Aproveitando...
Eles são os historiadores que me acompanham no bar... hehehe:
p.s. Só peço que abstraiam minha barriguinha, que tah fodaaaa!!!
p.s.2 Tem uma administradora aí no meio, mas é tão piriguety quanto as historiadoras da foto.
Sobre representações.
Sempre achei muito foda quem, em meio a uma conversa, faz uma citação. Passa uma vibe de intelectual. Rs. Mas eu não vou falar dos poemas que o Cabelo cita nas discussões do CA. Vim falar de uma estrofe que ele deixou em seu msn e que eu me identifiquei. É sério. Era:
Queria
prazer desintegrado no infinitamor de nossos corpos
desconhecidos
Sabe de quem é? Do Glauber Rocha. Puta que pariu, na minha infinita ignorância eu não imaginava que Glauber Rocha escrevia poemas. Ok, o cara fez parte da galera do cinema novo, inovou o cinema com uma liguagem nova, mais social. Um artista. Mas sei lá, para mim era um jornalista e cineasta. E pronto. Sem contar que,(depois de lerem isso apaguem da mente, por favor) eu nuca assisti a um filme dele, não deveria nem estar falando nada. Nem postando nada. Mas depois do poema procurei saber mais, rolou uma curiosidade.
Vivendo e aprendendo...
É nessas horas que percebo como é bom conhecer muita gente, com pensamentos diferentes, de vários lugares. As chances de você descobrir coisas novas e aumentar seu conhecimento são infinitas. Tá, mas vou deixar de pagar pau para os meus amigos e vou ao que interessa, o poema completo:
Desejo
Queria
você profundamente aberta
Num beijapaixonado sem memória e futuro
Queria
prazer desintegrado no infinitamor de nossos corpos desconhecidos
Queria um rio negro
como branco
contando a Vytoria
De uma tragycomedia morta
Queria o maramoroso
De tua pele viva
E a poesia da madrugada
Não sei o que há comigo que para gostar de algo preciso me identificar seriamente. Precisa passar pela minha vida, me retratar. Porra, pensando bem, todo mundo é assim... Todo mundo gosta de se ver em uma canção, em um verso, uma crõnica. Só reconhecemos bem aquilo que nos faz protagonistas. Gosto de me enxergar, e me ver representada. E é por esse motivo que admiro as artes, pois elas têm esse poder. Seja no cinema, na dança, nos livros, na música. A função da arte será, mais que qualquer coisa, representar algo. E se esse algo se assemelha a você, uma relação de cumplicidade estará formada.
Sinceramente, eu vivo nessa busca constante por representações, até mesmo para eu saber quem realmente sou. Com 21 anos não nos conhecemos bem. Há inúmeras situações que eu ainda não vivi e não sei como reagiria se um dia elas acontecessem. O que já me aconteceu, eu só tenho a minha perspectiva, o olhar de quem viveu a situação, mas sem saber como fui vista pelos outros. Como eu olharia se alguém fizesse o mesmo. Através da arte é possível nos enxergarmos dessa forma. Olhar para o que fizemos, ou fazemos, ou faremos como um mero espectador, sem a intervenção dos sentimentos de um agente.
Cegonha.

Gente, a cegonha apareceu com força total na faculdade, no curso e na minha rua. Graças a Deus e ao anticoncepcional, eu estou fora do circuito da cegonha, mas isso só até eu ter uns 38 anos... hahahahaha. E é sério, filhos só quando eu estiver cansada de beber, fumar, fuder(oi?)...rs.
Mesmo não achando uma boa idéia para as gestantes mais jovens, eu acho muito fofo ter um baby. Claro que estou excluindo todas as noites sem durmir, os dias que eles ficarão doentes, a fralda cagada, o choro sem motivo aparente, as brigas na escola, as mordidas nos amiguinhos e por aí vai... Mesmo com todos esses contras, uma criança sempre traz muita alegria e amor.
Acho lindo escolher nomes, pensar na cor do quarto, ganhar roupinhas. É foda demais, deve ser uma sensação única. Sem contar na barriga crescendo, nos chutes, e na primeira vez que você vê um ser que é parte de você, contendo sua carga genética. Por isso que toda mãe é boba.
As grávidas que conheço estão felizes, e isso é um bom sinal. Já vi muita grávida chorando com o exame na mão, me perguntando o que faria. A gravidez indesejada é foda... morro de medo. Eu quero muito ficar feliz, fazer festa e tudo quando decobrir. Não quero chorar e pensar no aborto. Eu quero sair e comprar os sapatinhos.
E tudo tem seu tempo. Com 21 anos é impossível eu ter cabeça para cuidar de uma criança, ainda mais sendo quem eu sou. Uma louca que sai pra beber com a galera na segunda-feira. Sem um bom emprego, cursando história... tá maluco! Ter filhos não é para mim, ao menos agora e nos próximos 10 anos.
Mas um dia terei e vou bajulá-lo horrores, vou ensiná-lo a se vestir bem, a limpar a bunda, a amarrar o tênis, a largar a chupeta. Tenho ceretza que se eu tiver um filho no tempo certo serei uma boa mãe.
às grávidas, desejo toda felicidade, saúde e bem estar do mundo. Que seus filhotes sejam pequenos Ensteins, superinteligentes, agrádaveis, bagunceiros e lindoooos!
Parabéns, mamães!
domingo, 24 de agosto de 2008
Video do Trote.
Gente, vale a pena conferir o vídeo do Trote da galera da Rural-IM, de História. No final tem minha participação especial como oradora do Juramento!!! Fodaaa!!!
Juramento aos calouros de História do IM.
Eu juro honrar o meu curso de História
E obedecer os meus veteranos
Na alegria e na tristeza,
Na faculdade e no copo
Até que a graduação nos separe
Prometo seguir os mandamentos do meu Deus Caldas
E comparecer as reuniões etílicas do sardinha
Juro não tocar na pochete do Professor Basile,
Onde são guardados os segredos da sétima esfera de Thule
Juro zoar o Eggman com moderação
E reconhecer o Professor Rocha como o eterno Charmosão.
E nunca, jamais, nunca mesmo, infringir a autoridade do Marc Black, O Mito.
E, em verdade vos digo,
O corvo disse: Nunca mais!
Amém!
Babilônia, irmãos!!!!!!!!!!!
Ciúmes de você.

Eu sou uma pessoa ciumenta. Eu admito mesmo, nem preciso estar sob tortura. E digo mais, sou ciumenta pra caralho. E não é só com namorado, não. Eu tenho ciúmes da minha mãe, do meu pai, dos meus amigos, do carro, das minhas roupas, da minha cachorra. De todo mundo e de qualquer coisa. Rs. Ás vezes rola até um escândalo básico por conta disso.
O problema é que eu odeio perceber que alguém tem mais atenção do que eu, quando sei que já ganhei mais atenção um dia. É um problema. Minhas amigas morrem de rir com isso, mas meu namorado morre de ódio. Tô nem aí. Adoro fazer um drama de vez em quando. Ou de vez em sempre. Minha vida poderia até ser uma novela mexicana... Rsrsrs.
Dia desses, eu estava assistindo ao Gaiola das Loucas(1978), no Cine Cult. Me identifiquei com o personagem de Michel Serrault, que sempre ameaçava ir embora quando se desentendia com o seu parceiro. Morro de rir quando ele chora na porta de casa, no chão, ameaçando ir embora, viver na rua. Hahahaha. E eu ri mais ainda porque vi o quanto era possível eu fazer esse tipo de coisa. Eu sei que é meio podre, mas é engraçado. Eu nem sei porque sou assim, tão dramática. Talvez seja imaturidade mesmo. Ou mera característica de pessoas intensas.
Mas é claro que eu sei com quem eu posso ser ciumenta e fazer meu drama básico, ou glamouroso. Depende muito da situação e da pessoa. Tem gente que vai dizer por aí que é falta de amor próprio. O ciúme pode indicar isso também, só que no meu caso eu nem vejo baixa auto-estima, vejo muita falta de vergonha na cara e necessidade de atenção. Mas será que necessidade de atenção tem a ver com baixa auto-estima? Ih, não sei... rs. Porra, baixa auto-estima é nêgo (e branco tbm...) que não se ama, certo? Pô, eu me amo pra caralho... então não é essa parada não. Rs. Agora, a tal necessidade de atenção é coisa de menina mimada. Eu sei muito bem que dou esses ataques, sofri muito sendo a filha mais velha e tenho certeza de que um bom psicólogo pode explicar isso. Portanto, não é bobeira minha, é trauma de infância.
Eu sei que o certo é superar, e eu melhorei muito nessa questão. Estou bem mais aperfeiçoada, meu ciúme não é doentio e nem pé rapado. É luxo, glamour e sedução. Pode apostar. Rs.
E eu não estou de sacanagem. O pior é que é sério. Eu levo essa questão com sensatez. Haverá momentos que me acharão infantil, mas se minha proposta for essa, sairei ganhando. Como eu já disse, aqui nesse blog, tudo não passa de um jogo. Rs.
Parece meio cruel, mas os sentimentos são articulados. Ninguém gosta de ver na tela o Game Over.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Aniversário.

Eu ganhei uma Brahma.
Vou contar todo o fervo de ontem, porque foi um dia FODAAA!!!
Bom, tudo começou com relação ao Churrastória II e à Semana Acadêmica, pois as faixas ficaram prontas e eu rapidamente fui buscá-las para colocá-las lá no IM. Depois, eu recebi um telefonema com ótimas notícias e parti para a faculdade, empolgadíssima... louca para beber mais e dar o trote. Chegando na faculdade meu namorado decidiu dar o trote dele separado do trote de História, e eu nem liguei ( eu não acredito, meu espírito está se elevandooo!!!) e fui para o Ananias beber e sambar com os bixos. Lá no Ananias eu me acabei horrores, sambei no meio da rua, levei cantada.. hahahaha, conversei sobre o Chico com um bixo gente boa, entendido de samba. Já sabe que vou ter muito assunto com ele, só pegando informações... rsrsrs.
Mas aí, eu comecei a ficar preocupada com o meu namorado que não ligava. Resolvi ligar para ele, e o fdp não atendia. Até que ele surgiu como uma fênix na minha frente, completamente embriagado, perguntando se eu estava com alguém e blá blá blá. Eu nem prciso dizer que fiquei puta, porque quando ele surge bêbado é porque está na hora de eu levá-lo para casa. É game over. Porra, mas o pior ainda estava por vir.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Tô esperando.
Gente eu não aguento mais meu estômago ferveeeer!!! É sério. Na segunda, uma amiga chegou pra mim e disse:
__Clau, preciso de contar uma parada.
__Conta ae, pô!
__Agora não dá... depois te conto.
__Vai tomar no cú, tu vai me contar essa porra agora...
__Pô, agora num posso.. calma ae... (e sai pra falar com outra pessoa)
Alguém me diz se isso é correto? Você avisar a alguém que você tem algo para contá-la, mas que só pode contar depois. Porra, o certo é você só falar isso quando tiver a certeza de que pode contar toda a história. Há pessoas (como eu...) que não são normais e tem um nível de ansiedade muito acima do normal.
É que nem e-mail e scraps. Ô problema em minha vida. Se eu mando e-mail ou scrap para alguém, eu fico na espera da resposta. A pessoa responde, beleza. Aí você manda outro mantendo um diálogo, mas... MAS... na parte mais interessante o maluco deixa de responder e acabou o assunto. Você fica sem a sua resposta, atualizando milhões de vezes a caixa para ter a certeza de que o fdp te deixou no vácuo. É triste, mas é a minha realidade.
A tal amiga ainda não me contou qual foi do bafão, que eu tenho certeza que estou envolvida. Eu estou aqui contando isso para ver se alivio a tensão, mas tá fodaaa!!! Hahahahaha. A minha perna está balançando demais embaixo da mesa, já olhei o celular quinhentas vezes para ver se ela vai me ligou, e nada.
Vou logo para a faculdade, lá pelo menos tenho a chance de esbarrar com ela e saciar minha ansiedade louca. Rs.
O podeeeer no trote!!!
Agora, estou com vergonha de mim mesma. Sabe como é, neah? Fui até o chão, uma mão com cerveja e a outra com cigarro, passei a mão na bunda da Juliana, fiquei indicando os bixos bonitos para as solteiras, gargalhei horrores e fiz cara de gatinha pra dançar... não dá. Tô com vergonha de voltar pra faculdade, e o pior, com vergonha de fazer tudo de novo hoje. Porque se bem me conheço, as chances de eu repitir tudo isso não são remotas.
Acho que é a semana de trote que me deixa assim, sabe? Me deixa empolgadona. Eu não entendo quem é contra o trote, é uma semana tão feliz, a cerveja vem de graça!
Na segunda-feira, o Eggman( o professor que é pai do XIV rs) foi dar esporro na galera que estava pintando os calouros, falando que pintar e mandar nos bixos era humilhá-los e blá blá blá... Ele nunca deu trote? Ele poderia ter feito vista grossa, cara. E a gente estava pintando os bixos fora do IM. Sem contar que antes de pintar, eu perguntei se todos queriam participar do trote. É tudo uma grande brincadeira, pegação, bebedeira. Tudo de bom! Rs. Nem sei porque tem gente que diz que é contra o trote. Ao menos o nosso é bom demais. A gente bota uma pressão mas depois todo mundo vira amigo, veterano paga a cerveja do bixo...
Mas tudo bem. A gente conseguiu bastante coisa nesse trote, todo mundo participou, foi muita festa. E ainda tem mais!!! Hoje é quarta-feira e o trote vai até sexta. Vou todos os dias porque não quero perder nada!!!
Só vou maneirar na cerveja e no chão chão chão... minhas pernas já estão doloridas de tanto funk... hehehehe.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
O que os astros me reservam.
Trânsito Astrológico: 19/08(hoje) às 18h57 a 21/08 às 21h37
Sol na casa 5, lua na casa 1
Sol e Lua transitam por casas naturalmente harmônicas entre si entre os dias 19/08 (hoje) às 18h57 e 21/08 às 21h37: o Sol na Casa 5, setor do prazer, e a Lua na Casa 1, o setor da identidade, sendo este um momento especial para tudo o que diz respeito ao lazer, às diversões, à satisfação da sua "criança interior". Nesta fase, seu magnetismo sexual fica mais forte, você terá mais presença, mais luz! Que tal aproveitar pra dar aquele trato no visual, dar um tempo pros pudores e se exibir um pouquinho? Todo mundo tem seu momento de estrela! Esta é uma ótima fase para você se colocar, se expor, Claudielle. Você provavelmente estará se apresentando de uma maneira agradável e envolvente, os outros estarão sentindo empatia em relação a você. Reflexão para o período: o prazer faz parte da existência e eu mereço vivê-lo!
Meu Sol está em Áries, e minha Lua está em Touro. Meu signo regente é Aquário... quem sabe um pouco sobre esses três signos tem uma noção do problema que eu sou, né?
rsrs.
Bom, é fato que vou andar toda pirigueti por aí. Mas, te falar que eu já vinha sentindo uma vibe de ótima fase para mim... Tá bom, né?
Nem todo mundo acredita nisso. Eu nem gosto de expor minha crença nos signos. Fico parecendo superficial, mas é óbvio que não dou crédito sempre aos astros. Na maioria das vezes rola mais uma ajuda psicológica, mesmo que por alguns minutos, quando leio meu horóscopo. Também acho divertido saber o que está reservado para a gente. Quem não acha?
E eu identifico o signo de muita gente só conversando e sem saber a data do aniversário... É bom! Por exemplo, sempre identifico um leonino. Mas eles se acham tanto que fica difícil não identificar. Rs. Aquarianos são muito diferentes entre si, são menos caricatos, então dificulta um pouco. Cancerianos e piscianos eu também descubro fácil! Eles tem uma vibe carente que encanta, são superprestativos, uns fofos que eu adoro.
Lido meu mapa do dia, vou aproveitar essa tarde para malhar pesado, tomar um banho com ervas e apurar meu poder de sedução. Em tempos de semana de calouros não posso dar bobeira. Meu namorado está rodeado de calouras e preciso chamar a atenção para não sair perdendo nesse período, neah? Rs.
domingo, 17 de agosto de 2008
Para renovar as energias.
Estou aqui no apartamento do meu pai, em Copacabana. Eu vim porque acredito no poder que a água do mar tem de renovar as minhas energias. E como a ansiedade é algo que me consome toda vez que algo novo está para acontecer, eu aproveito e vou dar um mergulho, pegar um bronze e olhar a galera tatuada a beira mar para espairecer.
Torço para que meu 5º período seja foda. E mentalizo isso a cada mergulho, é assim que funciona.
Há outras coisas que mentalizei também, mas isso aí é melhor eu não contar, não pode dar errado, sabe? Rs.
;)
À galera que vai voltar as aulas comigo, BOM PERÍODO! hehehe.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Vibe "do contra".
Não será fácil, as pessoas são maliciosas, e costumam te fazer desistir dizendo que só estão te aconselhando porque são suas amigas. Porra nenhuma. Amigo que é amigo já chega dando uma voadora(não resisti! rs), está com você para tudo, e se ele achar que vai dar merda, é porque você já sabe que dará merda. Quem gosta de desencorajar os outros, só dá sentença de morte aos projetos que darão certo sem a ajuda deles. E isso é muito óbvio de perceber. Pare e pense nos momentos em que você queria muito realizar algo, e sabia que era possível. E em quantas pessoas chegaram em você só para dizer que não daria certo. Mas não deixe de lembrar dos argumentos que essas pessoas utilizaram para tirar sua boa idéia da cabeça. Eram bons argumentos? Eles traziam a possibilidade de continuar com o objetivo, mas mudando a forma como alcançá-lo? Não? Então, parceiro, estou sentindo que rolou uma vibe de invejinha no ar.
E isso é mais comum do que a gente imagina, e até percebe. Nós mesmos já cometemos isso, não vamos ser hipócritas. Somos humanos e isso, ás vezes, sai de um jeito que nem sentimos. Mas é bom nos policiarmos, porque se chegar ao ponto de se tornar escancarado, vai ficar muito feio... e você não terá apoio de ninguém pra porra nenhuma.
Muitas vezes sofri com esse tipo de "ataque". E como sou muito insegura, deixei alguns sonhos de lado por isso. Há uma pessoa que me ensinou a perceber que a opinião de terceiros prejudica muito o nosso sucesso. Essa pessoa é meu pai. Teimoso e insistente, ele sempre dizia que são três coisas que impossibilitam o nosso sucesso: Tempo, dinheiro e pessoas. Não conseguimos ter sucesso se nos falta tempo para alcançarmos nosso objetivo.
Se nos falta dinheiro, também complica concretizar certos sonhos. E se dermos ouvidos ao que as pessoas tem a dizer sobre o que queremos fazer, jamais terminaremos o que começamos. Meu pai é um cara sábio. Ele que me ensinou a enfrentar a vida e dar a cara a tapa para tudo. Rs. E como doeu aprender isso... Nossa! Eu morria de raiva dele quando ele dizia: "Tem que enfrentar, rapá!". Mas hoje agradeço muito.
Se eu vejo que há a possibilidade de um sonho se concretizar, eu me jogo. E me jogo mesmo, com força. Com aquela mesma força de alguém se jogando numa piscina numa tarde de verão. Sou assim em tudo, na verdade. Sou 8 ou 80. Rs. Até em relacionamentos pessoais, profissionais... na porra toda! Se eu tiver afim, me jogo. Se eu não tiver afim, cago.
Não sou chegada ao meio termo, apesar de ultimamente tentar muito o equilíbrio. É que eu não gosto muito do rótulo de impulsiva que carrego. Mesmo porque está na minha cara que penso pouco para agir, mas quando penso muito antes de agir, não costumo seguir o que pensei... hahahaha. E é muito ruim ser assim. Ás vezes é até legal, mas na maioria dá merda. Rs.
Quando tenho a chance da vitória, não vejo o porque de não tentar. Claro, rola medo, ansiedade, angústia... mas cara, qual a graça das coisas se não rolar todos esses sentimentos preliminares? É aí que está o tempero para arriscar. Meu pai sempre diz(gente, meu pai é o homem das frases prontas, vocês não tem noçaããão!hahaha): "O bom da festa é antes!". E é mesmo. Pensar em como vai ser, se animar todo, pensar na roupa que vai vestir, combinar com os amigos, imaginar tudo que pode rolar, as músicas que vão tocar... Hummm. É uma delícia só de pensar! E como boa ansiosa que eu sou, minha diversão vem em triplo antes de qualquer evento! Hahahaha.
O que me deixa puta nessa história toda é nêgo vir dizer, como quem dá bons conselhos, com ar de melhor amigo 4ever, que o melhor é eu cair fora. Que dará muito trabalho, eu não vou aproveitar nada, todos só vão reclamar e blá blá blá. Como já disse antes, os meus amigos, além de chegarem dando uma voadora, vão dizer: "Vai dar merda mas vou te ajudar nessa porra!!!". E, no final, acaba sendo divertido, a gente fica com um milhão de histórias para contar. Qual a graça da vida sem os amigos, não é mesmo? Rs.
Decidi que eu não vou deixar que nenhum comentário maldoso me abale. Vou fazer aquilo que eu quero, e vou ficar com frio na barriga, super mal-humorada um dia antes, nervosa e neurótica na semana do evento porque se não rolar isso não sou eu, neah?
E o que eu quero é sair sem dívida e com o povo satisfeito(o que já é um puta lucro, ao menos para mim...). O que vier a mais será surpresa boa, o que eu espero mesmo é que as pessoas se divirtam. E, caso não dê certo, ao menos ganharei experiência e espectativa para na próxima vez ser melhor.
Sou uma otimista incurável...
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Novos sons.
O bom disso é que quando me dá na telha de escutar um intérprete excessivamente, eu descubro outros tão maravilhosos quanto.
Agora eu cismei com Marina De La Riva. Desde que a vi cantar no Circo do Edgar, eu me apaixonei pela voz dessa mulher. Só tinha achado vídeos no youtube e um site oficial, que não tinha nenhuma previsão de show para o RJ. Até que um grande amigo me mandou o link de uma comunidade no orkut que tem a discografia de todos os cantores do mundo inteirooo!!! Maravilhoso!!!(Ok, você já sabia. Nem todo mundo é tão bem informado, neah?)
Filha de brasileira e cubano, ela dá um show quando mistura a música cubana com o samba. Aconselho que ouçam Ojos Malignos, que ela canta junto com o Chico. Dá uma vontade louca de sair dançando e encantando por aí... rs.
Marina de la Riva e Chico Buarque - Ojos malignos
Ela, definitivamente, expressa muito bem a fase pela qual estou passando. Rs.
Paquera.

Acho que nunca dei em cima de um cara que acabasse de conhecer, na maioria das vezes eram homens que eu já conhecia, tinha alguma intimidade. Tudo era bem arquitetado, eu já sabia muito bem onde estavam as peças do tabuleiro, pensava em todas as perguntas, todas as respostas e insinuações para que nada parecesse grosseiro e me deixasse para trás. A paquera, para mim, era muito mais que um olhar 43.
Muitas amigas dizem que preferem me ver namorando, porque solteira dou muito trabalho, e eu reconheço. Uma delas chegou a dizer que admira minha resistência frente a posibilidade de eu voltar a pôr em prática minhas habilidades, e eu lhe respondi que resistir é bem difícil, porém possível.
Se não posso paquerar, eu dou conselhos aos meus amigos. E eu adoro fazer isso. Até porque é um tanto divertido, ainda mais quando são os homens que querem os conselhos. Toda vez que eles me perguntam algo absurdo sobre o mundo feminimo eu vejo que não é a toa que sou eu quem faço o papel do homem na hora do xaveco. Rs.
A vontade de cada um.
Infelizmente algo muito chato aconteceu comigo nesse fim de semana. Quando estava indo para o aniversário de uma amiga, em uma casa de shows, meu pneu furou. Só que o pneu furar não é o fim do mundo. É só trocá-lo pelo step. Aí que tah... eu não tinha step. Estava há um mês rodando sem step, e meu pai já tinha me chamado a atenção para isso. Tive que ir para casa a 20km/h, cheguei quase de madrugada e tive a ajuda do meu namorado, que estava comigo no carro.
Quando minha mãe viu o pneu, brigou horrores. Meu pai me chamou para conversar e disse que era irresponsabilidade minha, que eu deveria ter ligado para ele e que eu acabaria estragando o carro daquele jeito. Eu me senti péssima, até porque o carro é da minha mãe, e não meu.
Meu namorado começou a procurar oneus de aro 14, pois uma amiga nossa falou que tinha 4 rodas do mesmo aro para nos dar e tals. Mas ela já tinha dito há alguns meses isso, e eu nem levava mais fé que ela daria as rodas.
Como a viagem a Ouro Preto foi adiada, eu resolvi pegar a grana e, hoje de manhã, mandar consertar os pneus e comprar um step para que minha mãe parasse de reclamar e usasse o carro. Só que meu namorado ligou hoje a tarde me dizendo o orçamento so pneu mais barato que ele viu e junto, o alinhamento, cambagem, e os caralho. Só que eu disse que não poderia fazer isso agora, porque tinha mandado o borracheiro trocar o pneu. Porra, ele ficou muito puto no telefone, disse que o problema era meu seu quisesse gastar o dinheiro e blá blá blá... Caralho, não entendi até agora isso. A porra do carro nem é meu, eu levei esporro de geral aqui de casa por causa do pneu furado e ele ainda brigou comigo porque eu não fiz o que ele queria.
Dá pra entender?
NÃO, não dá.
O dinheiro gasto é meu, e eu não me meto com o que ele gast com salário dele. Cada um sabe a dívida que faz. Eu sei da responsabilidade que tenho com o carro, e sei que eu gosto de tê-lo disponível pra quando eu quiser sair por aí. Não vou ficar na dependência das pessoas me doarem 4 rodas pra poder sair novamente. Se ele acha que seria o melhor, ok. Quando ele tiver que fazer uma escolha desse tipo ele escolhe esperar pelas rodas, agora eu não. Eu não quis esperar. E para tudo se paga um preço.
Eu entendo que ele quer me ajudar, e tudo mais. Mas mesmo ele querendo me ajudar, ele deve respeitar minha opinião frente aos problemas que eu enfrento.
Eu não posso fazer sempre o que os outros acham melhor. Eu tenho raciocínio próprio, e para algumas pessoas isso incomoda.
Eu conheço bem o gênio dele, e sei que ele gosta de assumir o controle de tudo. Mas eu sou free, por isso batemos tanto de frente.
Mas é bom não sermos tão iguais. Nas diferenças aprendemos muito.
Espero que a mágoa desnecessária que ele está sentindo passe logo.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Sobre negros e gays.
Não tem jeito. Nunca mais faço unha com essa filha da puta. Fiquei com raiva. Porra, meu irmão é preto, meu pai é preto, eu sou preta. Aliás, nem preta autêntica eu sou, nem você e nem boa parte dos brasileiros. Somos todos uma mistura étnica desse Brasil de todos os povos. Eu sou um verdadeiro samba do crioulo doido, e tenho um puta orgulho disso. Quando começo a sambar agradeço a Deus pelo DNA que tenho. E faço muitas morrerem de inveja.
Quando contei pra minha mãe ela me disse para não fazer mais a unha com a mulher e pronto. Mas eu acho que isso não é suficiente. É preciso provar a ela que não existe isso de alguém sentir nojo de outra pessoa por causa da diferença da cor da pele. Eu, sinceramente, desconheço esse tipo de sentimento, de pensamento. Fui criada em ambientes tão diferentes, desde cedo tive que aprender a valorizar a cor da minha pele e a não deixar nenhum escroto me inferiorizar por isso. Mas o mundo dá voltas.
Outra coisa que me deixou igualmente puta: Achei uma comunidade no orkut que relacionava os homossexuais a servos do demônio. É, eu sei que há milhões delas espalhadas por aí, obrigando muita gente boa a permanecer no armário, sofrendo por não poder dizer ao mundo o que é realmente.
Eu também nunca vi problema em uma pessoa ser gay, lésbica, simpatizante e os caralho. Nem tenho que me meter nisso, neah? Cada um sabe a delícia e a dor de ser o que é, e não sou eu quem vai querer provar ao mundo que está errado alguém que tem pênis, gostar de pênis (acho suuuuperjusto! Dá para não gostar?rs), e alguém que tem vagina gostar de quem tenha a vagina.
E porque eu iria querer levantar bandeira de ódio aos gays?
Oi? Eles são promíscuos? Bom, na verdade há uma penca de heteros que são, e o casamento entre gêneros iguais está aí para provar que eles não querem só pegação.
Oi? Eles não podem ter filhos? Mas podem adotar uma daquelas crianças que lotam orfanatos, que ninguém quer, nem os próprios pais.
Oi? Não segue o mandamento de que a mulher foi feita para o homem, e o homem para a mulher? É, pensando biologicamente há de convir que não tem como dois humanos do mesmo sexo se reproduzirem. Mas eles podem se amar, se tocar, se beijar e se desejar. Não vejo problemas nisso. Se as pessoas se querem, para que criar barreiras e regras? E, mais ainda, mesmo que não se seja a favor, para que propagar o ódio e a intolerãncia à pessoas que apenas estão sendo o que são e sem fazer mal a ninguém?
Depois querem cobrar o amor e o respeito ao próximo, dizendo que o mundo precisa de paz. A paz, ao meu ver, começa quando há respeito ao que o outro é.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Última hora.
Acredito que isso seja mais normal do que eu imagino, sei lá. Não é possível que a maioria faça tudo certinho, assim que recebe um trabalho.
E o ruim de deixar para a última hora é que, geralmente, se esquece o prazo final e quando você se lembra já é muito tarde.
Um exemplo são os meus trabalhos da faculdade. Minha vida é adiar os trabalhos, sempre deixando para um amanhã que só chega quando o tal prazo expira. Essa semana eu levei um susto quando me lembrei de um trabalho que mandaram eu fazer há mais de 1 mês e que precisa ser entregue no próximo dia 15. O trabalho leva tempo, eu até já comecei, mas só transcrevi uns 5 minutos do seminário (professor, se estiver lendo finja que não leu...rs) que tem 50 minutos para transcrever. E dia 15 é na sexta-feira que vem. E além disso tem um relatório que foi pedido na semana passada e um fichamento que tem umas 3 semanas que foi pedido pelo professor.
E o que eu fiz? Eu só fiz um parágrafo das fitas. E ainda tive a ousadia de pensar: Porra, ainda tenho 1 semana para entregar, tá tranqüilo...
HAHAHAHA. Eu sou a maior das caras de pau!!!
Eu, sinceramente, não sei o que se passa na mente de pessoas como eu. Tem dias que eu fico puta, olhando para a tela do computador, reclamando que não há nada para se fazer quando na verdade tenho muita coisa para fazer. E isso não é só com relação a faculdade. Há também assuntos para tratar do CA e do trabalho e que eu deixo para depois. Hoje mesmo eu preciso fazer um levantamento de preços, e ainda não o fiz. Estou aqui, de bob no blog... enquanto era para eu estar lá na gráfica perguntando os preços das faixas e ingressos.
O foda é que a reunião do CA é hoje e eu ainda tenho que resolver isso, quer dizer, o prazo vai expirar dentro de algumas horas. Pqp.
Eu já sei que preciso de foco, organização de prioridades, disciplina (sempre escrevo isso aqui no blog.. rs) mas é um hábito que já está preso a minha personalidade.
Rsrsrs.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Mais tirinha.

Cara, nunca uma tirinha representou tão bem meu cotidiano. É sério. Meu namorado, outro dia, ficou puto porque eu iria pegar uma fatia de queijo branco que caiu do meu sanduíche, e foi parar no chão da sala aqui de casa. Porra, era no meu habitat, não vejo problema nenhum em comer do chão da minha sala, estava limpinho hehehe.
Mandei logo pra ele: O que não mata engoooorda!!!!!!!!!!!
Só que aí ele tomou o queijo da minha mão e deu pro cachorro. ¬¬
Fdp.
Adoro queijo branco.
Traí meu movimento.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Nostalgias de uma bailarina.
Tá, tudo bem, quando me olham eu fico feliz, sim. Assumo. Mas são todos muito fortes com cara de burro... hahaha.
Voltando... Bom, minha mãe me deu um ultimato hoje. Logo pensei "fudeu! vai mandar eu pagar esse mês!" mas não, ela tem dó do meu salário mínimo e mandou que eu procurasse uma academia de dança porque aí sim eu não faltaria nenhuma aula e, claro, manteria as medidas.
Pois bem, eu resolvi então desbravar as academias de Nilópolis em busca de aulas vespertinas de dança, de preferência dança do ventre que é o meu forte. Como nada nessa vida é mole como ógão sexual de velho (adoro eufemismos), eu ainda não achei nenhuma. Eu tenho o prazo de até amanhã para me decidir se continuo, porém levando a sério, com os instrumentos de tortura ou se me jogo de véu na dança egípcia.

O foda é que isso tudo traz uma nostalgia que vocês não imaginam. Acabei de voltar da academia que comecei na dança do ventre, quando eu tinha apenas 7 anos. Foi tão saudoso subir aquelas escadas, ouvir a mulherada cochichando, rindo e amarrando o véu na cintura. Lembrei da primeira vez em que aprendi a prender meu bustiê. Era amarelinho, com paetês prateados e miçangas peroladas. Nunca vou me esquecer da minha primeira apresentação. O frio na barriga, a música. Tudo era novo e fascinante. Eu cresci dançando, na correiria das coxias, calculando o tempo para cada troca de roupa diante da lista de apresentações, ajudando as amigas a se maquiarem, a aprender a me maquiar sozinha, passar rímel sem espelho, trocar de roupa na frente dos meninos sem que eles me visse nua, aguentar o frio na barriga antes de entrar no palco, a receber críticas, elogios... muita coisa eu aprendi dançando e morro de vontade de voltar.
Meu maior problema é o tempo, sem contar que na dança não dá pra se envolver pela metade: é tudo ou nada. E como há sempre muita competição, eu opto pelo tudo.
A dança do ventre me ajudou muito durante minha passagem de adolescente para pós adolescente( é que ainda não me considero adulta...). Com as expressões corporais, as roupas, a make up, a música e as ondulações do corpo eu me descobri sensual e bonita. Aprendi a ver em mim uma capacidade de sedução que muitas mulheres desconhecem. Claro que isso me favoreceu muito, saber que só de olhar eu posso mandar uma mensagem sutil e clara é ponto garantido.
Eu me lembro de me ver dançar através do espelho, das expressões que eu fazia e enlouqueciam todas as outras alunas. Sempre era parabenizada, e garantia bons papéis nas coreografias para os espetáculos. E isso sem falar dos homens que não diziam nada enquanto eu me apresentava, apenas olhavam fixo, ora para o quadril, ora para meus olhos mas sem perder um movimento.
Acredito muito na energia dessa dança milenar, não há como não se apaixonar por uma belly dancer. Elas possuem um erotismo cheio de magia, energia e liberdade. Cada movimento é um símbolo, e o significado de cada movimento está na natureza. E a natureza, como todo mundo sabe, é cheia de beleza, energia, mudança e cor que seduzem. Portanto, a sensualidade que exalam é natural, genuína. E é por isso que despertam tanta curiosidade.
Ainda bem que faço parte dessa minoria, e quero muito voltar a praticar para voltar a sentir ainda mais a minha feminilidade.
O que eu preciso mesmo não é malhar para ficar saradona, eu quero é me sentir bonita e ter o bem estar que só a dança proporciona. Vou caçar algum grupo de dança do ventre por aí para voltar a seduzir. :p
Quando eu voltar a dançar prometo postar fotos e relatar como foi meu reingresso.
Aguardem... hehehe.
Papo de bar.
A conversa começou a desenrolar, alguns lhe pediram cigarro. Ela acendeu o dela e entre goles e tragadas discursou sobre relacionamentos afetivos. Era o seu forte. Muitos amigos, e colegas até, a paravam meio que escondidos para tirar dúvidas sobre supostos affairs e ela, paciente e divertida, dava conselhos soltos, que falavam mais sobre quem perguntava do que sobre quem lhe haviam perguntado.
E diante de tantas garrafas, enquanto ouvia o desabafo de um amigo, pensava em seus problemas. Em suas agonias que nunca revelara, e não revelaria a ninguém. Até porque todos sabiam muito de sua vida, e saber o que ela pensava certamente traria o caos.
Seus desejos, vontades e angústias rondavam sua cabeça até que um amigo sentado ao lado perguntou se estava tudo bem. Ela respondeu que sim. E como não estaria? Estava ali comemorando a vida, oras!
Mas, diante do sexto copo uma vontade imensa de falar o que pensava lhe veip a garganta. Chegou a dar um nó. Ela se segurou, pensou um pouco e não falou nada.
Perguntaram se ela não iria dizer alguma coisa. Ela disse que iria ao banheiro. Diante do espelho, lavando as mãos na pia, ela balbuciou, em tom baixo, o nome que a inquietara por toda noite, que revelaria tudo o que estava pensando enquanto todos riam e brincavam na mesa.
Ela saiu do banheiro, dando vez a uma mocinha apertada, e seguiu para a mesa com mais duas garrafas cheias. Pegou seu copo, pediu que uma amiga completasse e alertou ao pessoal que a roda de samba iria começar.
Com o início do choro ela se levantou. Sabia que naquela situação o melhor era sambar. Se aproximou da roda e sambou, acompanhando letra por letra que aprendeu nas rodas da vida. Sambou com vontade, cheia de vida, direcionando os olhares do bar para si. Não pensava em mais nada. Nada lhe passava pela cabeça a não ser a vontade de sambar mais e mais.
O jeito com que balançava o corpo, seu gingado, e como mexia nos cabelos e fazia paradinhas para pegar o copo indicavam o que ela realmente queria naquela noite. O seu sorriso de cabeça baixa, enquanto observava a sincronia de seus pés a cada batida do tamborim, enfeitiçava quem a olhava. Mas ela não se preocupava com os flertes. Ela só pensava em um homem. E era ele quem ela imaginava a admirando enquanto dançava.
O samba acabou, ela se sentou. Acendeu um cigarro, pagou a conta e foi para casa. E, em casa, já na cama, sonhou com ele. Aquele que ela desejara tanto dividir uma mesa.
Feminices.
Olha só:
- Temos que saber cuidar da beleza: fazer unha, cabelo, cuidar da pele.
- Temos que nos manter pegável fazendo academia, malhando mesmo sem tempo.
- Temos que falar bem, ser interessante, manter um diálogo.
- Ter uma noção, mesmo que mínima, sobre esportes.
- Ter um conhecimento sobre cozinha( isso ajuda na hora de frequentar bons restaurantes).
- Ler muito jornal para saber o que está rolando no mundo.
- Saber as tendências do mundo da moda.
- Saber usar as tendências do mundo da moda.
- Saber escolher biquini, óculos, sutiã, maquiagem, protetor, hidratante, sabonete, shampoo, condicionador e tudo mais que depende( e muito...) do nosso dna.
- Saber falar de música, entendeer um pouco, ao menos.
- E mais outras milhares de coisas que não estão vindo a cabeça agora.
Bom, deu pra perceber que é foda ser uma mulher interessante hoje em dia. E a concorrência não pára no ponto. É preciso se atualizar sempre. Hoje eu estava lendo no jornal uma frase que resume bem isso: "Amiga, eu já nem pergunto se o cara é gay, desempregado, traficante... está tão difícil que eu diminui as exigências para me adequar ao mercado." hahaha. Ri horrores porque, queira ou não, já está difícil manter um peguete, quem dirá arranjar um namorado. Mas eu nem sou tão preocupada com arranjar homens. Graças a Deus, eu tenho bastante mel (noooossa, como eu me achooo!) caso o meu namoro não siga adiante.
E, na boa, isso não é quesito nem para se ter homem somente. Até para ter amigos. Tudo bem que para fazer amizade não precisa ser gostosa(o), mas precisa ser cool.
É, nada tá fácil.
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Dona Tereza.
Eu me lembro de todos os momentos que passei com ela, desde a infância. E durante o meu sonho eu estava brincando na casa dela enquanto ela me olhava sentada no sofá. Acordei surpresa, feliz e marejei os olhos de saudade. O bom disso é que não tenho más lembranças dela, mesmo quando estava doente.
Dona Tereza sempre foi um exemplo para toda família. Sabia, como ninguém, prestigiar a família e os amigos, nunca esqueceu uma data de aniversário, sempre mandou lembranças aos namorados que tive, sempre me disse "eu te amo". O abraço e o cheiro dela sinto até hoje. Eu nem sei se vou continuar com o post porque falar dela me emociona muito.
Ela sempre esteve comigo, e sei que sempre vai estar. Me apoiou em tudo, e quando eu cometia erros ela se resumia a dizer que na vida tudo é fase. Ela era brilhante.
Sempre teve orgulho de todos que conhecia, principalmente dos filhos e netos. Qualquer coisa que a gente se dava bem ela espalhava aos quatro cantos, sempre dizia que éramos os melhores. Com ela eu aprendi a gostar mais de mim, a observar-me com um olhar mais otimista e dizer: Sim, eu posso!
Ela bebia cerveja, torcia para o flamengo e gostava de festas. Falava muito ao telefone, tinha muitos amigos e deixava a casa sempre com coca-cola e danoninho para as visitas.
Ligar para ela era difícil. O telefone vivia ocupado, sempre em longas conversas com amigos, e se eu chegava em sua casa ela já avisava ao telefone: Sabe quem tá aqui? A minha neta, Claudielle.
Com ela eu aprendi o que é uma vida social. O que é deixar o tempo passar e a dar valor a coisas pequenas.
Sempre cuidou de mim, se eu passava mal ela tinha um remédio caseiro que passava rapidamente meu mal estar. Ligava para saber se tinha passado e sempre dizia: Juízo, hein!
hehehe.
No enterro, mesmo chorando eu sorria ao lembrar das suas frases, seu jeito de falar, do seu sorriso, seu abraço. E o enterro dela foi como de artistas, cheio de gente. Ela amava e era amada por todos.
Eu nunca vou me esquecer dessa mulher que fazia a diferença no meu dia quando me abraçava.
Eu nunca vou me esquecer de alguém que dizia que eu valia ouro, que eu era uma princesa.
Eu nunca me esquecerei de você, Vó.
Eu te amo.